quarta-feira, 9 de março de 2011

Receita-7-

Para ilustrar a receita tão gostosa e prática
de hoje,
vou " contar " uma  história...


O Rei e a Omelete

Era uma vez um rei que tinha todos os poderes e tesouros da Terra, mas apesar disso não se sentia feliz e a cada ano ficava mais melancólico.
Um dia ele chamou o seu cozinheiro preferido e disse: "Você tem cozinhado muito bem para mim e tem trazido para a minha mesa as melhores iguarias, de modo que eu lhe sou agradecido. Agora, porém, quero que você me dê uma última prova de sua arte. Você deve me preparar uma omelete de amoras iguais àquelas que eu comi há cinqüenta anos, na infância.
Naquele tempo, meu pai tinha perdido a guerra contra o reino vizinho e nós precisamos fugir: viajamos dia e noite através da floresta, onde afinal acabamos nos perdendo.
Estávamos famintos e cansadíssimos, quando chegamos a uma cabana onde morava uma velhinha que nos acolheu generosamente.
Ela preparou para nós uma omelete de amoras, quando a comi, fiquei maravilhado: a omelete era deliciosa e me trouxe novas esperanças ao coração.
Na época eu era criança, não dei importância à coisa. Mais tarde, já no trono, vasculhei todo o reino, porém não foi possível localizá-la.
Agora quero que você me atenda esse desejo: faça uma omelete de amoras igual à dela. Se você conseguir, eu lhe darei ouro e o designarei meu herdeiro, meu sucessor no trono. Se você não conseguir, entretanto, mandarei matá-lo".
Então, o cozinheiro falou: “Senhor, pode chamar imediatamente o carrasco”.
"É claro que eu conheço todo o segredo da preparação de uma omelete de amoras, sei empregar todos os temperos.
Conheço as palavras mágicas que devem ser pronunciadas enquanto os ovos são batidos e a melhor técnica para batê-los. Mas não me impedirá de ser executado, porque a minha omelete jamais será igual à da velhinha. Ela não terá o sabor picante do perigo, a emoção da fuga, não será comida com o sentido alerta do perseguido, não terá a doçura inesperada da hospitalidade calorosa e do ansiado repouso, enfim conseguido. Não terá o sabor do presente estranho e do futuro incerto". Assim falou o cozinheiro.
O Rei ficou calado, durante algum tempo.
Não muito mais tarde, tornou o cozinheiro  um homem rico e dispensou-o do serviço real.”
(adaptado de : Walter Benjamin, em Imagens do Pensamento, In: Walter Benjamin, obras escolhidas volume II, "Rua de mão única"; São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 219 )
                                                                  
Omelete da Cléia
É bem facinho...Você já deixa uma abobrinha raladinha,
(e uma cebola se vc gostar)
Numa tigela, bata dois ovos,
meia xícara de farinha de trigo,
4 colheres de leite.
Acrescente a abobrinha e a cebola,
e todos os temperos que vc gosta...
Numa frigideira, deite um fio de azeite,
despeje a mistura e vá cuidando...
como se fosse um omelete...
Se quiser,depois de um tempinho, pode virar num prato e voltar
à frigideira, despejando pelo lado mais cru.
Quando terminar, cubra fartamente com queijo ralado,
tampe e deixe descansar por uns 5 minutinhos....
Sirva com uma saladinha de alface e tomate...
Muito booooooooooooooooooooooooooooooooommmmmmmmmmmmmmmmmmm
(cuidado com o sal, o queijo ralado já é bem salgado...
e se quiser, pode trocar por  pedacinhos de queijo branco.)



2 comentários:

  1. Que historinha legal!! wow tão profunda a mensagem. Omelete realmente é algo delicioso e você pode criar da fora que desejar. Desta vez eu nunca tinha ouvido falar de colocar farinha de trigo no omelete, vou experimentar. bju

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  2. sim, eu tb acho essa historinha linda...ela nos alerta pra sermos felizes hoje,não é mesmo?É uma celebração ao presente....O passado teve sua beleza lá, quando aconteceu.Viva o presente!

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